Morar no Condomínio Parque da Aclimação é como viver dentro de uma história bem contada. O endereço é lendário no bairro e também atende por outro nome: Conjunto Kowarick, referência ao palacete da família austríaca que ocupava este terreno no começo do século 20.

Entre 1953 e 1958, o arquiteto alemão Herbert Duschenes transformou a área num projeto visionário. Foi um dos primeiros condomínios-clube de São Paulo e o pioneiro na cidade a ter uma piscina elevada. São oito torres modernistas sobre pilotis, organizadas em formato de ferradura e abraçando um jardim de 15 mil m². O paisagismo é assinado pelo casal estadunidense Susan e Roberto Coelho Cardozo, e o resultado é um equilíbrio raro entre arquitetura e natureza.

As fachadas têm jardineiras e janelas do piso ao teto, garantindo luz e ventilação naturais. Nos halls, murais em pastilhas de vidro do artista Pedro Tort Roig trazem cores e formas geométricas que conversam com o modernismo.

E o apartamento? É um deslumbre. Janelas enormes e reformadas em todos os ambientes deixam a luz entrar e revelam as floreiras originais, um detalhe que enche os olhos. Na sala, um pequeno tablado diante da janela cria aquele canto especial para um café preguiçoso ou para acompanhar o vai e vem das copas das árvores.

A planta, antes com quatro quartos, hoje tem três e uma suíte ampla que comporta até um home office. O piso de madeira maciça está impecável, e o ar-condicionado garante conforto o ano todo.

A cozinha foi reformada e integrada, favorecendo a circulação e a conversa. Os armários de madeira de demolição dão um toque rústico, mas a base é perfeita para quem quiser imprimir outra identidade ao espaço.

É um clássico modernista com alma verde, pronto para começar um novo capítulo no coração da Aclimação.

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